Cadeia de suprimentos: TI enfrenta o desafio de se adaptar a novas demandas
Muitos gestores de TI atualmente sofrem uma pressão para suprir as áreas de negócio com informações da cadeia de suprimentos(supply chain, em inglês) em tempo real. No mercado de tecnologia, essa prática já é conhecida como Efeito Wall Street, em alusão aos profissionais que atuam nas bolsas de valores e precisam receber dados atualizados em segundos para tomar as decisões de compra ou venda.
De acordo com estudo realizado pela consultoria Aberdeen Group, a velocidade de transmissão dos dados na cadeia de suprimentos tornou-se uma demanda de negócio para os líderes de TI, o que deve desencadear o desenvolvimento de tecnologias que permitam a interação de clientes, fornecedores e parceiros a essas informações e suas atualizações em tempo real.
Nesse sentido, os autores do documento, os analistas Nari Visitandina e Viktoriya Sadlovska, afirmam que esperam uma mudança no modelo de gestão da cadeia de suprimentos – o qual deve deixar de ser baseado na emissão de informações apenas para determinadas áreas da companhia.
Eles defendem que as organizações deverão adotar soluções que permitam à cadeia de suprimentos emitir dados também aos clientes e parceiros, por meio das plataformas de BI (Business Intelligence).
Os gestores de TI, no entanto, encontrarão um grande problema para adequar os sistemas às novas demandas. Isso porque, as soluções utilizadas atualmente são complexas e antiquadas. “As empresas hoje lidam com diferentes países, um aumento no número de fornecedores e parceiros, bem como com o crescimento da demanda por interação com áreas de negócio e customizações”, afirmam os autores do estudo.
Porém, antes de colocar o pé no acelerador, os CIOs têm de desenvolver métodos para garantir que os dados transacionados tenham a qualidade necessária, sejam atualizados em tempo real e apresentem o nível de segurança adequada para cada tipo de acesso.
Conjuntos de dados movimentados rapidamente podem gerar o que os analistas chamam de “ruído” na cadeia de suprimentos, já que as informações transmitidas são interpretadas de formas distintas por aqueles que as recebem.
“Um fornecedor, por exemplo, ao notar o crescimento pontual nas vendas de seu produto por determinada companhia, pode apostar nisso como tendência e aumentar a produção, já pensando em ter o estoque necessário quando a demanda aumentar”, explicam os analistas do Aberdeen Group, que concluem: “Dessa forma, a empresa fornecedora poderá ter excesso de estoque e perda de produtividade.
Por isso, é preciso garantir que as informações transmitidas são exatas, não deixam brechas a interpretações e serão acessadas pelas pessoas certas.
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